quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Arquétipos e Deusas

Em breve começarei a participar de um ciclo de palestras sobre o feminino, e eu irei abordar o tema: "As deusas que vivem em você". 
Vou falar sobre os arquétipos das principais deusas gregas e como eles influenciam em nosso inconsciente. Por isso decidi fazer esse post para falar um pouco do conceito de arquétipo e da forma como penso o feminino neste trabalho.



Segundo Carl Gustav Jung os arquétipos são núcleos instintivos, isto é, impressões herdadas naturalmente, que trazem padrões de comportamento humanos. Um exemplo fácil seria o arquétipo materno. Este é um padrão de comportamento humano inato em nosso inconsciente e ele se materializa de diversas formas durante a história da humanidade, através de imagens mitológicas como a de Maria, Deméter ou até mesmo a Madrasta má dos contos de fada.

Existem infinitos arquétipos no inconsciente coletivo que se manifestam em nossa vida através de mitos, contos de fadas e religiões. Todos estão presentes no inconsciente coletivo, porém um ou outro acaba “brilhando” mais forte em nosso inconsciente pessoal, e isso é uma dica de quais complexos estão fortes na nossa psique naquele momento.

Por exemplo, se buscarmos observar o porquê da identificação de uma criança com um conto de fada, perceberemos que as questões presentes naquele conto são semelhantes ao que a criança está vivendo, ou já viveu, como ela internalizou uma experiência e como ela se sente e se comporta diante de alguns aspectos de sua vida. O mesmo serve para adultos! Nesse trabalho vamos buscar através da simbologia dos mitos gregos, acessar esses arquétipos, essas impressões gravadas em nossa psique e observar de que forma elas influenciam nosso comportamento e nossa vida.



O feminino através das deusas:
Com “deusa” nós estamos nos referindo a uma descrição psicológica de um tipo complexo de personalidade feminina que reconhecemos intuitivamente em nós, nas pessoas a nossa volta e também em imagens e ícones da nossa cultura.

A mitologia do feminino sempre foi multifacetada, revelando diversos arquétipos, alguns muitas vezes até contraditórios. Na mitologia as deusas representam as diversas facetas do feminino, como amor, poder, cuidado materno, sabedoria, etc. É como se juntos eles representassem a totalidade feminina.

O que podemos observar é que esses arquétipos das diversas deusas que hoje existem na mitologia, estão presentes na construção de qualquer personalidade. Todos eles estão presentes nas pessoas, pois todos eles em conjunto representam a unidade feminina. Porém, como estão fragmentados, acabamos por desenvolver mais em nossa personalidade determinados aspectos em detrimento de outros.

E é importante ressaltar que esses arquétipos do feminino estão presentes no inconsciente tanto da mulher quanto do homem, pois todos nos temos aspectos femininos e masculinos em nossa psique, Yin e Yang, ou Anima e Animus, segunda a linguagem Jungiana.

Nosso objetivo nesse trabalho é descobrir qual o arquétipo da deusa, isto é, qual aspecto do feminino, está mais desenvolvido e mais atuante em nós, e qual delas nós esquecemos, deixamos de lado, na sombra do nosso ser. 

Quem tiver interesse de participar da palestra todas as informações e inscrições aqui:
http://eventogolden.com.br/artedesi